De tempos em tempos, surge um burburinho digital sobre um filme misterioso em produção — às vezes sustentado por supostos vazamentos, trailers duvidosos, depoimentos inflamados e até por perfis oficiais que parecem confirmar alguma coisa. A internet inteira comenta, compartilha e reage, mas quase ninguém consegue responder à pergunta essencial: esse filme realmente existe? No universo do cinema, boatos sobre […]
O Assalto à Biblioteca Mário de Andrade: Entre o Símbolo e o Silêncio Cultural
No domingo, 7 de dezembro de 2025, a Biblioteca Mário de Andrade — coração pulsante da memória cultural paulistana — tornou-se palco de um episódio que parece retirado de um romance policial, mas que revela mais do que um simples roubo. Dois homens armados invadiram o prédio histórico e levaram 13 obras de arte, entre gravuras de Henri Matisse e […]
Paranoia, linguagem e o colapso do signo humano em O Enigma de Outro Mundo de John Carpenter
Eles se sentam ao redor do aquecedor, mãos trêmulas envolvendo xícaras de café quente. O vapor sobe. Os olhos se desviam. Ninguém diz o que pensa — porque pensar em voz alta é perigoso. Basta uma frase, um tom de voz um décimo acima do normal, um sorriso que demora meio segundo a mais, e o grupo se parte ao […]
O Símbolo que Desaba: O Que a Fusão Netflix–Warner Revela Sobre o Futuro das Histórias
Não foi exatamente um comunicado formal que mudou o eixo da cultura.Foi um rumor — um sopro vago, um eco sem dono — que antecedeu o fato.E quando o anúncio oficial finalmente chegou, soou menos como novidade e mais como a confirmação de algo que o imaginário já havia digerido:a Netflix comprou a Warner Bros. Entre o sussurro e a […]
A Cena que Mudou o Cinema de Guerra: Abertura de O Resgate do Soldado Ryan
A areia não absorve sangue. Ela o rejeita — forma poças, riachos vermelhos, manchas que escorrem em câmera lenta. E é aí, nesse instante em que o líquido se recusa a ser tragado pela praia, que O Resgate do Soldado Ryan deixa de ser um filme de guerra para se tornar um ato de testemunho. Não há música ao fundo. […]
Entre o Espelho e a Aranha: O Duplo e a Ditadura em O Homem Duplicado
Nem todo rosto é habitado.Há corpos que andam com licença provisória — ocupados por uma assinatura, um cargo, um silêncio bem-ensaiado.Em O Homem Duplicado, não há confronto entre o eu e o outro. Há substituição.O espelho, antes superfície inerte, torna-se boca: engole o nome, o gesto, a memória. Resta apenas um zumbido — o som de um telefone desligado no […]