Quem Conta a História Mata o Morto – Uma leitura semiótica de Entre Facas e Segredos: quando o narrador não é confiável, mas o mundo inteiro também não é…

O primeiro plano de Entre Facas e Segredos não mostra um rosto, nem uma arma, nem mesmo sangue. Mostra um relógio. Não qualquer relógio: um mecanismo com engrenagens expostas, em close, girando com precisão quase arrogante. É o tempo de Harlan Thrombey — escritor de mistérios, patriarca, maestro da própria narrativa — ainda funcionando, mesmo quando seu corpo já não […]

Continue Lendo

Não É o Fim do Mundo — É o Fim da Crença Nele: Uma Leitura Semiótica de 12 Horas para o Fim do Mundo

12 Horas para o Fim do Mundo - arte

Nenhum asteroide cai duas vezes no mesmo lugar — mas o medo sim.Ele retorna em loops de CGI barato, em diálogos que ecoam Armageddon, Independence Day, 2012 — como um disco arranhado cuja música ninguém mais ouve, mas que continua girando por inércia institucional. 12 Horas para o Fim do Mundo, filme russo de 2019 dirigido por Dmitriy Kiselev, não […]

Continue Lendo

Os Vampiros Mais Estranhos do Cinema: Uma Dança, Um Drink e Uma Caçada

A Dança dos Vampiros

O vampiro não morreu.Foi demitido. Não por falta de fome — ele ainda sente o cheiro do pescoço, ainda conta os batimentos como quem conta moedas — mas porque o gesto perdeu seu peso sagrado. A mordida já não é pecado, nem sedução, nem tragédia: é um hábito mal mantido, como fumar no banheiro de um posto de gasolina às […]

Continue Lendo